terça-feira, 14 de junho de 2011

ECONOMIA >> GANÂNCIA >> ANSIEDADE>>

Lucas 12:13-15 – “Um homem que estava no meio da multidão disse a Jesus: - Mestre, mande meu irmão repartir comigo a herança que o nosso pai nos deixou. Jesus disse: - Homem, quem me deu o direito de julgar ou de repartir propriedades entres vocês? E continuou, dizendo a todos: - Prestem atenção! Tenham cuidado com todo tipo de avareza porque a verdadeira vida de uma pessoa não depende das coisas que ela tem, mesmo que sejam muitas”.

Que texto incrível! Jesus nos orienta quanto ao engano de resumir nossa vida no acúmulo de riquezas. Baseado nisso, quero analisar o contraste entre a ECONOMIA e a GANÂNCIA.

Vários assuntos desse Blog são direcionados a levar aos leitores a se responsabilizar por ter algum recurso guardado, reservado, poupado, pois assim a Bíblia em vários textos nos orienta. Isso se chama ECONOMIA, que também pode ser conceituada como contenção de gastos e até mesmo fazer o máximo com o mínimo de recursos. Ao agir dessa forma é possível usar a sabedoria para pôr algum recurso a render, como por exemplo, geral dos brasileiros, movimentar sua conta bancária denominada “Poupança”.

Por outro lado, quando a GANÂNCIA toma conta do ser humano, as coisas ficam complicadas, porque a mesquinhez, a avareza, a falta de sensibilidade faz parte do pacote e levam a situação dos praticantes dessa opção de vida ser conhecidos como “mãos de vaca”, “muquiranas”, “pão duro”, “sovinas” e outros adjetivos nada agradáveis para carregar no dia a dia. Aparentemente é até motivo de graça e piada, mas nas brincadeiras é que se dizem profundas verdades.

A ganância também é acompanhada pela “ambição”. A ambição em si é algo que nos projeta a buscarmos nossos alvos e objetivos, o que é bom, pois assim não nos tornamos acomodados, ociosos e sem perspectiva de realizações. Essas realizações também são obras de Deus na nossa vida e em todo momento podemos reconhecê-Lo em tudo, pois Ele é o motivador de qualquer coisa boa que exista nessa Terra e em nossa vida.

Pois bem... Mas quando então que a ambição é um problema? Quando se resume numa sede, num desejo veemente, intenso, de alcançar os bens materiais buscando a satisfação do amor-próprio, a glória e a notabilidade. Resultado: orgulho, insensatez e ganância!
  

Agora vejamos a continuidade de nosso texto inicial, Lucas 12. Paramos no verso 15. A sequência é a seguinte: “Então Jesus contou a seguinte parábola: - As terras de um homem rico deram uma grande colheita. Então ele começou a pensar: “Eu não tenho lugar para guardar toda esta colheita”. O que é que vou fazer? Ah! Já sei! – disse para si mesmo. – Vou derrubar os meus depósitos de cereais e construir outros maiores ainda. 
Neles guardarei todas as minhas colheitas junto com tudo o que tenho. Então direi a mim mesmo: ‘Homem feliz! Você tem tudo de bom que precisa para muitos anos. Agora descanse, coma, beba e alegre-se’.” Mas Deus lhe disse: “Seu tolo! Esta noite você vai morrer; aí quem ficará com tudo o que você guardou?”.

Esse tolo colocou a garantia de sua vida no que ele tinha, mas foi em vão. Não pode desfrutar nada de seu acúmulo de riqueza.


“Embora devam os homens cuidar de que nenhuma concessão da providência seja gasta desnecessariamente, o espírito de avareza, de adquirir, terá de ser vencido. Essa disposição levará à ganância e ao trato injusto, que Deus abomina. Não devem os cristãos permitir serem perturbados por ansioso cuidado quanto às necessidades da vida. Se os homens amarem e obedecerem a Deus e fizerem sua parte, Ele proverá tudo aquilo de que necessitam. Embora vossa subsistência tenha de ser alcançada no suor de vosso rosto, não deveis descrer de Deus, pois no grande plano de Sua providência, suprir-vos-á, dia a dia, as necessidades. Essa lição de Cristo é uma censura aos pensamentos de ansiedade, às perplexidades e dúvidas do coração incrédulo. Homem algum pode acrescentar um côvado sequer à sua estatura, por mais ansioso que esteja de fazê-lo. Não é menos irrazoável estar preocupados quanto ao amanhã e às suas necessidades. Cumpri com vosso dever, e confiai em Deus, pois Ele sabe o de que necessitais”. Review and Herald, 18 de setembro de 1888.

Curioso ou não, a busca pelos bens materiais de forma exagerada é vinculada à ansiedade. Você conhece alguém que é ansioso? Creio que sim, inclusive pode ser até a pessoa que você encara todos os dias no espelho! Em virtude disso, concentremo-nos agora nessa ansiedade que já assolava as pessoas anos atrás... O que a Bíblia revela?! Acompanhemos abaixo.

Essa citação acima [Review and Herald, 18 de setembro de 1888] de Ellen White também está baseada no Capítulo 12 de Lucas, verso 22 em diante. “Portanto Eu [Jesus] lhes digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber; nem com seu próprio corpo, quanto ao que vestir. Não é a vida mais importante que a comida, e o corpo mais importante que a roupa?... Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que precisam delas”.


Entendemos aqui que isso não significa que vamos ficar parados, deitados embaixo de uma árvore, na sombra e água fresca, esperando que tudo “caia do Céu”. O que está claro é que temos que fazer a nossa parte, trabalhando, estudando, nos preparando para o mercado de trabalho, nos especializando na atividade que realizamos e “tudo que vier à nossa mão, fazermos conforme as nossas forças”, não por uma ganância por bens materiais, mas porque isso é o dever de todo homem honesto, cristão, de caráter nobre. Confiarmos sem temer o futuro, porque Deus já está lá, porque Ele sabe das nossas necessidades, e isso não nos deixará ansiosos e preocupados. Essa preocupação é que leva a alguns serem gananciosos, pela falta de confiança em Deus, depositam sua esperança e garantia de futuro nas suas economias. Não só ficam ansiosos pela falta como que pela sobra de dinheiro. É um misto de ganância, ansiedade e frustração.

Os cristãos só estão seguros ao adquirir dinheiro sob a orientação de Deus, e usá-lo em canais que Deus possa abençoar. Deus nos permite usar Seus bens somente para Sua glória, para nos abençoar, a fim de que possamos abençoar aos outros. Os que têm adotado a máxima do mundo, e banido do espírito as especificações de Deus, que pegam tudo que podem obter de salários ou bens, são pobres, verdadeiramente pobres, porque sobre eles recai o desagrado de Deus. Andam em caminhos que eles mesmos escolheram e desonram a Deus, a verdade, Sua bondade, a Sua misericórdia e Seu caráter.
Agora no tempo de graça, estamos todos sob provas e tribulações. Satanás está operando com seus enganadores encantamentos e subornos, e alguns pensarão que devido a seus planos têm feito maravilhosa especulação. Mas eis que, ao pensarem que se estavam levantando com segurança, e se estarem conduzindo altivamente no egoísmo, descobriram que Deus pode espalhar mais depressa do que eles podem ajuntar”. Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 335 e 336.

Mediante essas argumentações e conteúdo bíblico é possível compreender que:
1. Devemos praticar a economia, como pessoas inteligentes, organizadas e prudentes.
2. Adquirir dinheiro sob a orientação de Deus.
3. Não resumir nossa vida em acumular riquezas nessa Terra.
4. Evitar e extinguir a ganância de nosso coração.
5. Fazermos nossa parte no que se refere ao nosso aprimoramento profissional, nossa disposição em trabalhar e nossa fidelidade com Deus.
6. Não andar ansiosos quanto ao futuro, mas confiar sempre em Deus.
Que esses conselhos lhe sejam úteis.

Para finalizar recomento assistir esse vídeo, exemplo típico da ganância e seus resultados.


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